quinta-feira, 9 de junho de 2011

Você sabe quando vai morrer?


Você sabe até 
quando vai viver? 
Será que já é
 possível, ainda 
que de forma 
aproximada, 
definir o 
momento 
da última
 viagem? 
Continuo 
achando 
remotíssima 
essa possibilidade,
 mas a empresa
 espanhola Life 
Lengthacaba de
 anunciar aos quatro
 cantos do mundo 
que já épossível


precisar quantos anos 
de vida teremos pela frente. 
Através de um
 exame de sangue, segundo a Life, podemos medir o tamanho 
dos telômeros, que são as extremidades dos cromossomos 
de cada pessoa.

A especialista MariaBlasco, coordenadora do Grupo de Telômeros e 
Telomerase do Centro Nacional de Pesquisa sobre câncer da Espanha e 
co-fundadora da Life Length, descobriu no telômero um 
marcador biológico do envelhecimento, uma espécie de 
relógio, que se não revela o dia exato da morte, assegura 
o tempo aproximado que resta a cada um. Telômero maior, 
mais tempo de vida. Telômero menor, vida mais curta. 
Simples assim!

Mas o que é um telômero? De acordo com a Wikipédia
“os telômeros ou telómeros (do grego telos, final, e menos,
 parte) são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de 
proteínas e DNA não codificante que formam as extremidades
 dos cromossomas. Sua principal função é manter a 
estabilidade estrutural do cromossoma. Os telômeros
 estão presentes principalmente em células eucarióticas, 
visto que o DNA das células procarióticas formam cadeias
 circulares, logo não têm locais de terminação, embora existam 
exceções: existem bactétias com DNA linear e que possuem 
telômeros. Cada vez que a célula se divide, os telómeros
 são ligeiramente encurtados. Como estes não se regeneram, 
chega a um ponto em que não permitem mais a correta
 replicação dos cromossomas e a célula perde completa ou 
parcialmente a sua capacidade de divisão. O encurtamento dos
telômeros também pode eliminar certos genes que são
 indispensáveis à sobrevivência da célula ou silenciar genes 
próximos. Como o processo de renovação celular não tolera a 
morte das células antes da divisão correta das mesmas, o 
organismo tende a morrer num curto prazo de tempo no 
momento em que seus telômeros se esgotam”.

De acordo com o estudo que Maria Blasco publicou na
 revista especializada Scientific American, telômeros 
mais curtos estariam associados a doenças respiratórias,
 circulatórias e ainda à obesidade,stress ou Alzheimer. 
Teorias de envelhecimento documentam a associação 
de telômeros mais curtos com o envelhecimento e suas 
consequências, como a perda d
e vitalidade, sistema imunológico debilitado e falência
progressiva dos órgãos. Daí a importância de saber o tamanho
 dos telômeros “ou nossa idade fisiológica antes mesmo de
 algumas doenças aparecerem”, teoria contestada por 
médicos que não concordam que o telômero seja 
determinante para o envelhecimento, e o consideram mero
 indicador do tempo que resta.

Ouvida sobre o assunto, a psicanalista e filósofa Samanta 
Obadia não acredita no pleno sucesso do teste e afirma:

- Como toda descoberta científica, esta provocará a 
curiosidade das pessoas. A ciência evoluiu, mas não a 
este ponto. Vejo nisso uma publicidade maior do que a
 verdade, visto que ainda não há comprovações reais. 
A indústria médica-farmacêutica é uma das mais poderosas 
e isso deve ser levado em conta, pois a propaganda costuma
 ser maior que o fato em si.

Será que vale a pena saber até quando vamos viver? Na
 minha opinião seria como caminhar no corredor da morte. 
E você, o que acha?

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